"País suspira pela mudança.Está farto do embuste"

"Este país suspira pela mudança, este país está farto do PS e do PSD, como no final do século XIX o povo português estava farto do Partido Regenerador e do Partido Progressista", afirmou o líder do Partido Democrático Republicano (PDR), Marinho e Pinto, aos jornalistas, enquanto almoçava num centro comercial do Porto, distrito onde centrou ontem a sua ação de campanha.

Marinho e Pinto considerou serem precisas "coisas novas" na política e o PDR está a "firmar-se" como uma alternativa "credível", porque a "alternância em Portugal não é entre o partido de Passos Coelho, Cavaco Silva, Dias Loureiro, Oliveira Costa, Duarte Lima, e o partido de António Costa, Almeida Santos, Pina Moura, Jorge Coelho e Armando Vara".

Questionado sobre as sondagens, o líder do PDR referiu que são "uma tentativa de fraude", porque as reduzem ao "embuste" do PS e do PSD, que estão no governo há 40 anos alternando-se um ao outro, mas quando chegam as eleições usam-nas para um "passar de culpas doentio, ridículo, mórbido e apalhaçado".

Na opinião do candidato, o país precisa de fazer mudanças, de "libertar" o Estado e a administração pública das "redes de corrupção", que os asfixia, e de pôr em prática políticas de combate à pobreza e à miséria.

O líder do PDR atribuiu a José Sócrates, antigo primeiro-ministro, uma "responsabilidade enorme" no "eclodir" da crise, frisando que outros partidos também não estão isentos de "culpa" na "terapêutica de matação" aplicada ao povo português pelo atual governo PSD/CDS-PP.

"Em 2011, a Europa tinha um programa de apoio igual ao da Espanha, que aceitou, livrando-se do Fundo Monetário Internacional (FMI), mas em Portugal o PSD, o CDS-PP, o BE e a CDU recusaram o programa e veio a troika e, com ela, os funcionários públicos e os reformados perderam o subsídio de férias, o IRS aumentou, tal como o IVA na restauração e na energia", disse Marinho e Pinto.